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Terra de Portugal
Brancas casas caiadas
Que ao sol brando de Outono
Se erguem, testemunhas do tempo,
De um passado sem retorno.
Suas fachadas imóveis
De centenárias vivências,
Seu ar inextirpável,
Sua misteriosa indeiscência,
Que segredos encerra
Desta minha bela terra.
Terra de terra
E da gente dela,
Que é sua alma.
Terra de vinhas,
De íngremes colinas
Terra de rios cintilando
E de lezírias ondeando.
Terra de invicto povo
Que os braços jamais cruzou.
Armado apenas de sua bravura
Cingido dela lutou.
Esta terra em que nasci,
A mesma onde morrerei,
Que amo de lés-a-lés,
A ela presa fiquei.
Esta minha terra amada
De gente simples e leal.
Esta terra abençoada
A que chamaram Portugal!
Inês Ribeiro
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